Os familiares de Tiago Rocha Bade, de 23 anos, que foi morto em uma abordagem da Brigada Militar na última quarta-feira, 11, contestam a versão dos policiais. A companheira de Tiago, Iasmim Ribeiro Farias de 21 anos estava com o companheiro no veículo no momento da abordagem e alega que ele não houve nenhuma ameaça que justificasse a forma como os policiais reagiram e atingiram Tiago, supostamente reagindo a uma ameaça.
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Iasmin fez um relato do momento da abordagem: “Eu e o Tiago estávamos dentro do carro subindo a rua Idalino João Martin, no bairro Santa Lúcia, estávamos subindo a rua quando o Tiago estacionou o carro sem desligar ele e iria falar com um homem que passava na rua, quando abaixei o vidro do carona avistamos um homem na frente do carro apontando uma arma pra gente Tiago se assustou e me perguntou quem era ele eu disse que não conhecia se assustamos com esse homem simplesmente apontando uma arma pra gente nisso já deram dois tiros no carro Tiago se assustou e tentou engatar marcha quando conseguiu tomou um tiro pelas costas onde começou a gritar que estava ferido foi quando olhei pra trás e vi que era polícia e falei pra ele ele abriu a porta do carro botou as mãos na cabeça os polícias jogaram ele pro chão com as mãos pra trás e deixaram ele morrer lá mesmo assim depois dele ter morrido tiraram o corpo dele de lá. Ele não tinha arma. Ele não reagiu em momento algum. Não se apresentaram como policiais. A viatura estava pra trás do carro não tinha sirene ligada.
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O fato aconteceu na rua Manoel Teixeira, bairro Jardim do Sol. Após a remoção do baleado e a confirmação do óbito, o local foi periciado. Alguns laudos demoram cerca de 60 dias para ficarem prontos e irão compor o inquérito policial. O Comando da Brigada Militar se manifestou através de nota e mantém as informações inicialmente divulgadas, confira a nota abaixo:
“No tocante a ocorrência, basicamente tratava-se de uma abordagem, onde o indivíduo estava foragido e armado com um revólver e segundo as Guarnições que atenderam a ocorrência, o indivíduo apontou a arma para os policiais, os quais reagiram. Após isso foi socorrido pelos bombeiros, mas não resistiu. Salienta-se que toda ocorrência que resulta o uso de arma de fogo , é averiguada através de Inquérito Policial Militar o qual passará pela análise do Ministério Público e Judiciário.”