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Preparando os filhos – Parte II

No nosso encontro passado, falamos da importância de o casal estar atento a alguns pontos da vida a dois. (Se perdeu o texto veja aqui)

Com a chegada do bebê, toda a família, e mais ainda os pais, ficam muito envolvidos. Para a mãe, os primeiros meses significam noites mal dormidas, trocas de fraldas, cansaço, entre outras coisas. Para o pai também há mudanças. Por exemplo, aquela mulher que até então era só dele, nesse momento não é mais, as despesas saltam, ele começa a conviver com o choro da madrugada, o que pode deixá-lo exausto para o dia de trabalho.

O casal fica realmente apaixonado pelo novo membro da família. Só que aquele serzinho miúdo, com um sorriso lindo, pode levá-los a se voltarem tanto para os sesu cuidados, que há o risco de se esquecerem um do outro.

Logo que o bebê nasce, a rotina é cuidar exclusivamente dele, e isso realmente demanda tempo. Porém, lentamente acabam os jantares a dois, as carícias, o namoro gostoso, o deitar abraçadinho, o beijo apaixonado, e não ter mais tempo torna-se normal.

E por que, na maioria das vezes, isso não é percebido? Porque o casal continua com sua vida sexual ativa, dentro das limitações e possibilidades existentes. E aquele sexo que era ainda melhor na gravidez, por conta da felicidade da chegada do bebê, pode tornar-se um sexo apressado, com os cônjuges cansados, sem a paixão de antes, quase mecânico. E para piorar, parece que o normal é ser assim.

Mas a criança cresce e, com o passar dos anos, vai  alcançando sua independência. Uma hora ela sai de casa para estudar, trabalhar ou para casar, e, então, o casal faz uma descoberta terrível: um não conhece mais o outro. É a síndrome do ninho vazio: dois seres que se tornaram estranhos com o passar dos anos porque viveram exclusivamente para a criação de um filho, e agora não sabem o que fazer quando se olham. Não há o que conversar, não sabem fazer coisa alguma em que o filho não esteja inserido.

Veja que paradoxal: conviveram por, pelo menos, 18 anos lado a lado,  e, em vez de estreitarem o relacionamento e a intimidade, passaram a destruí-lo.

Por isso, meu conselho é: usem os “serviços” dos avós, dos titios e dos padrinhos para criar um espaço em que o casal faça algo sozinho. Um jantarzinho a dois, uma noite de amor (não vale em casa), uma tarde para passear de mãos dadas e namorar com direito a beijos apaixonados. Isso fará com que haja sempre conexão entre o casal, e o bebê será mais um membro da família e não o único que merece as atenções.

E se ao formar a nova família, essa criança for filho de um outro relacionamento? Bem a coisa fica um pouco mais  complicada, mas esse é um assunto para o nosso próximo encontro. Então espero você aqui.

Rosa Silva

Terapeuta TFT e Palestrante

www.vidaplenatododia.com.br

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